Com algumas marteladas, já é possível dizer que o “Seo Rosinha”, o jequitibá centenário dos jardins do Paço Municipal de Campinas, está saudável.
A conclusão é do novo equipamento incorporado pelo Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura, capaz de fazer um tipo de exame de tomografia no interior das árvores.
O dispositivo pertence a uma empresa de engenharia ambiental, vencedora de uma licitação para dar suporte ao plano de manejo das árvores de Campinas.
O expertise de operação do tomógrafo está sob a supervisão de técnicos da ESALQ, a Escola Superior de Agricultura da USP. Um deles, o professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, que demonstrou o funcionamento do dispositivo.
Segundo a Prefeitura, o município aumentou de 7 para 20 o número de equipes dedicadas ao trabalho de manejo na cidade.
Destas, uma delas, com 10 trabalhadores, vai ficar inteiramente dedicada ao trabalho de exames de tomografia nas árvores.
A expectativa é de que o município adquira a capacidade de fazer a análise de 60 mil árvores por ano, que passarão ao chamado “inventário”, um repositório com todos os exemplares plantados na cidade.
O secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, destaca que o modelo adotado por Campinas atende aos mais altos padrões de normas técnicas. Paulella assegura que o único equipamento em operação é suficiente para atender à demanda.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Campinas, a chegada do tomógrafo de árvores vem junto com a adesão de especialistas em arvorismo no trabalho de poda, que passa a usar mais critérios técnicos como o aparo das copas, e não mais apenas dos galhos nos troncos.
Outra frente de trabalho é o do plantio de mudas nativas, que alcança uma média de dois mil novos exemplares por mês em Campinas, com a duplicação do número de equipes, de duas para quatro.
Fotografia: Laura Saroa
Leia e ouça também:
Jornalista
Jornalista