Durante a audiência pública realizada no último sábado, 26, na Câmara Municipal de Campinas e promovida pela Comissão de Constituição e Legalidade, o projeto de lei que cria o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável (PIDS) no distrito de Barão Geraldo enfrentou resistências.
Vereadores e integrantes de movimentos sociais apontaram problemas e incoerências no projeto que passará pela sua primeira votação na quarta-feira.
Integrante da bancada de oposição, a vereadora Guida Calixto (PT), avisou que não encaminhará nenhuma emenda ao projeto. Para ela, o texto bancado pelo poder executivo tem tantos problemas que não há nenhuma alternativa para consertá-lo.
Eleitor vereador pelo PT para a próxima legislatura, o cientista político Wagner Romão, utilizou a tribuna aberta para manifestação popular para denunciar a especulação imobiliária que norteia o projeto.
Educador ambiental na fundação José Pedro de Oliveira há 10 anos, o biólogo Augusto Ventura é integrante da Coalização pelo clima e aproveitou para enfatizar as falhas do conceito de corredor ecológico presentes no projeto.
Advogada e especialista em Compliance, a advogada Cyntia Ruiz Braga denunciou a ausência do Conselho Municipal de Meio Ambiente, o Condema, em todo o processo de discussão e de formulação do PID´s.
O projeto propõe novas regras de zoneamento na área do PIDS. Pelo projeto, existirá a redução do número de andares nas construções na área de ampliação do polo. Atualmente, são permitidos edíficios de até 12 andares ou 23 metros de altura. O projeto reduz a permissão para quatro andares.
Na área que engloba o Ciatec 2 e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e PUC-Campinas as regras serão diferenciadas. A área será definida como Zona de Atividade Econômica. Ali, serão permitidas construções de até sete pavimentos, sem limite de altura.
Fotografia: Carlos Bassan / PMC
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