Apesar da prisão do homem suspeito de violentar uma estudante do Cotuca (Colégio Técnico da Unicamp) anunciada na última quarta-feira, dia 22 de novembro, a sensação de insegurança prevalece entre os moradores do bairro Botafogo, em Campinas.

Cerca de uma semana depois do crime, nós estivemos na região para ouvir as opiniões de quem vive por lá.

Conhecida pelo clima pacato, a Rua Culto à Ciência já não é mais a mesma para os moradores e comerciantes.

Dono de uma quitanda, o comerciante Felipe Baliza relata que a escuridão é um dos principais problemas no período da noite.

Junto com o carrinho de bebê da filha, a missionária Isabela Silva diz que os relatos de violência são frequentes na região.

Para a Fernanda, que é estudante de Mecatrônica no Cotuca, o caminho da escola até o ponto de ônibus é uma rotina diária de incertezas.

O Nicolas Mendes estudou no Cotuca por vários anos, e diz que a falta de policiamento é um problema antigo.

Mas também encontramos o relato de quem sobreviveu à violência. A aposentada Tereza Cristina reclama que o policiamento diminuiu na comparação com outras épocas.

O diretor do Cotuca, Luís Seabra, diz que a escola já pleiteou o reforço do policiamento e outras medidas, mas que as ações avançam de forma lenta junto às autoridades.

O caso tem o acompanhamento da Câmara Municipal. O vereador Marcelo Silva (PSD) comenta que tem colaborado com as intermediações.

A vereadora Mariana Conti (PSOL), se solidarizou com os estudantes.

Nós procuramos a Guarda Municipal de Campinas para repercutir as queixas por insegurança na região.

A comandante Maria de Lourdes Soares, afirma que a região do Botafogo já faz parte do patrulhamento ostensivo, e que o sistema passou por reforço depois da tentativa de agressão à estudante do Cotuca.

Sobre as queixas de iluminação insuficiente na região, o secretário municipal de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, diz que um processo de modernização das lâmpadas está em andamento na região.

Ainda de acordo com a Prefeitura de Campinas, a troca da iluminação pelas lâmpadas de LED também deve contemplar ruas da Vila Industrial e de pontos como o Largo das Andorinhas, a Praça Arautos da Paz e a Lagoa do Taquaral.

Nós também procuramos a Polícia Militar para pedir um posicionamento, mas não o recebemos até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

Fotografia: Kevin Kamada

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