Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde aponta que o número de internações de pessoas de até 39 anos por infarto no Brasil cresceu 59%, entre os anos 2010 e 2019.
Já as mortes associadas a essa condição, também para a mesma faixa etária, cresceram 9% no mesmo período.
Números que surpreendem, tanto na comparação com os casos entre idosos, que permaneceram praticamente estáveis no período, como na comparação com jovens de outros países, onde os índices cresceram a taxas bem menores.
Outra sondagem, desta vez da Sociedade Brasileira de Cardiologia, levantou dados de um período ainda maior, a partir de 1990, e mostram que as mulheres estão as principais vítimas dessa condição.
Na faixa entre os 15 e 49 anos, a quantidade de casos de mulheres que tiveram infarto cresceu 62% no período. Mas o que pode ser responsável por esses aumentos?
Para o médico cardiologista Alexandro Fagundes, que também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, o diagnóstico dos problemas relacionados ao coração ainda é um grande desafio, já que outros problemas de nascença acabam sendo confundidos com o infarto.
O especialista ressalta que o acompanhamento da saúde do coração começa na infância, e merece a atenção ao longo de toda a vida.
Fagundes enfatiza que o estilo de vida é um fator preponderante para um possível caso de infarto, ainda na fase jovem.
A consulta com um médico cardiologista pode ser feita com os profissionais de clínicas particulares, mas o serviço também é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde.
Para agendar uma consulta, o cidadão pode ir a um posto de saúde ou fazer um agendamento pelo Disque Saúde, no telefone 136.
O atendimento telefônico é gratuito, e funciona de segunda a sexta-feira, da 7h00 da manhã às 10h00 da noite; e ainda aos sábados e domingos, entre as 8h00 da manhã e as 6h00 da tarde.
Fotografia: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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