Por Celina Silveira
Campinas não atinge 50% de índice de isolamento social há 8 meses
O índice de adesão ao isolamento social em Campinas segue menor que 50%, taxa sugerida pelo governo de São Paulo como mínima para diminuir o contágio por coronavírus.
A taxa de isolamento é medida pelas movimentações dos telefones celulares. As antenas dos aparelhos “marcam” como referência o local onde o celular estava entre 22h e 2h. Durante o dia, um celular que tenha se afastado mais de 200 metros do ponto de referência é considerado fora do isolamento.
Em Campinas, a última vez que o índice de adesão ao isolamento social chegou a 50% foi em agosto do ano passado. Em 21 dias desde que a Prefeitura Municipal decretou o toque de recolher entre 20h e 05h, a cidade não chegou ao mínimo de 50% nenhuma vez.
Desde o início de abril, o menor índice de isolamento foi registrado no primeiro dia do mês com taxa de 37%, já o maior foi registrado no domingo de Páscoa, quando 47% dos campineiros permaneceram em suas casas. Os dados são do SIMI-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente do Estado de São Paulo).
Apesar de ser um sistema atualizado diariamente pelo governo de São Paulo, para o prefeito Dário Saadi (Republicanos), o monitoramento de circulação de pessoas por antenas de telefonia móvel não é o melhor indicador para o controle da pandemia.
Segundo Andrea Von Zuben, diretora do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) de Campinas, o município analisa a disseminação do coronavírus principalmente pela taxa de pacientes com sintomas gripais que buscam atendimento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na semana do dia 18 de março, quando o toque de recolher noturno foi decretado em Campinas, 2.612 novos casos de Covid-19 foram registrados. Na última semana epidemiológica o número caiu para 299. Já os atendimentos de pessoas com queixas respiratórias nos Centros de Saúde caíram de 11.953 para 7.385.