Por Celina Silveira
Cantareira opera com reservatórios 6% abaixo do esperado para dezembro, mas cidades da região não devem ser impactadas
O sistema Cantareira, responsável pelo fornecimento de água em mais de 40% do Estado de São Paulo, está operando com os níveis dos reservatórios 6% abaixo do esperado para dezembro.
Ainda assim, não há risco de falta de abastecimento para as cidades atendidas, como explica o coordenador adjunto da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-MH) dos Comitês PCJ, Paulo Tinel.
“No dia de hoje [10 de dezembro] nós estamos com 32,4%, em 2019, para fazer uma comparação nós estávamos com 38,4%, portanto um pouco abaixo. Entretanto, a média histórica para o mês de dezembro é da ordem de 215 mm e nós já obtivemos, até agora, 77 mm na região do sistema Cantareira”.
Em Valinhos, segundo o presidente do Departamento de Água e Esgoto, Ricardo Gardin, além do sistema Cantareira, a cidade é atendida por mananciais internos que nas últimas 72 horas receberam mais 57 milímetros de chuva. A expectativa, segundo Gardin, é de que até o final de dezembro o sistema alcance a média histórica de 204,5 milímetros.
“Em relação ao mananciais internos, o DAE também aumentou bastante o nível dos reservatórios porque teve chuvas localizadas, das 72 horas até agora choveu 80 mm em Vinhedo e Valinhos foi 57mm, foi uma chuva localizada, recarregou bastante os mananciais internos. O Moinho Velho teve uma recarga muito boa, hoje ele está em quase 75%”.
Em Campinas, a Sanasa, empresa responsável pela distribuição de água no município, informou que a vazão no ponto de captação registrada nesta quinta-feira (10) era de 32,16 m³, valor dentro da normalidade.
A Sanasa informa que a única probabilidade de a situação ficar crítica seria se o Cantareira secasse totalmente, o que, segundo a Sanasa, é praticamente impossível.