Sete entre cada dez brasileiros já admitiram ter sentido alguma emoção parecida com nervosismo, ansiedade ou tensão incomuns, mas pelo menos a metade deles nunca buscaram qualquer tipo de apoio profissional.
A conclusão é do “Panorama da Saúde Mental”, uma pesquisa estatística do Instituto AtlasIntel, contratada pela organização filantrópica Cactus, divulgada em junho de 2024.
O número surpreendente dá a dimensão do desafio de tratar as próprias emoções, e que muitas vezes enfrenta barreiras como a falta de orientação e, principalmente, o receio em buscar ajuda.
A psicanalista Célia Lima afirma que, em muitos casos, o processo de tratamento das emoções passa pelo gesto de falar o que está no inconsciente.
A especialista explica que em um processo como uma terapia, os pacientes são convidados a refletir sobre desejos e objetivos de vida, e como a expectativa para que eles aconteçam sejam “calibrados”.
Ao encorajar a busca por ajuda, a psicanalista relembra o período da pandemia, e como o confronto com as próprias emoções e problemas ignorados se tornou comum a todas as pessoas.
Boa parte das psicoterapias são oferecidas em clínicas particulares e por profissionais autônomos, mas também é possível realizá-la de forma gratuita.
Uma alternativa é o Sistema Único de Saúde, buscando o atendimento nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que fazem o direcionamento para os centros especializados.
Faculdades particulares que possuem o curso de Psicologia, também dispõem de atendimentos agendados por meio de serviços-escola. Em Campinas, os acontecem no Ambulatório de Especialidades, dentro do Hospital PUC-Campinas, no Campus II.
Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (19) 3343-6846 e (19) 97166-5474.
Fotografia: Reprodução / Paulo Pinto/Agência Brasil
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