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30 de janeiro de 2024

Campinas vai ao Estado cobrar soluções por crise nas UTIs Neonatais

Demanda registrada era cerca de 15% superior à capacidade contratada pelos hospitais

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O Governo de São Paulo deve ser acionado pela Prefeitura de Campinas para que sejam dados mais esclarecimentos sobre o sistema de regulação de vagas e providências sobre a superlotação das UTIs Neonatais públicas da cidade.

A promessa é do secretário municipal de Saúde, Lair Zambon, que conversou com a reportagem da Rádio Brasil para detalhar a crise que voltou a atingir os hospitais da metrópole.

Até a última segunda-feira, 29, a demanda era cerca de 15% superior à capacidade contratada por Campinas.

No Hospital Maternidade de Campinas, 18 leitos SUS contratados pela cidade abrigavam um total de 23 crianças internadas.

Já no Hospital PUC-Campinas, todos os 12 leitos SUS estavam ocupados.

O secretário Lair Zambon afirma que boa parte do problema está associada a uma complexa rede de distribuição de vagas disponíveis e demandadas, entre diferentes departamentos regionais de saúde do estado.

Zambon diz que a Prefeitura não avalia financiar novos leitos além dos que já são pagos hoje pelo município para contornar a superlotação, e que o assunto será levado ao Governo do Estado.

O diretor do Hospital Maternidade de Campinas, Marcos Miele, também conversou com a Rádio Brasil, e explicou que boa parte da demanda represada de leitos de UTI neonatal públicos, é causada por um aumento no uso do recurso que dá prioridade a certas vagas, e que não era tão utilizado antes.

Nós também buscamos um posicionamento do Hospital PUC-Campinas, mas a instituição declarou que não vai comentar a situação.

[Atualizado em 30/01/2024 às 18h07] Procuramos ainda a Secretaria Estadual de Saúde, que se manifestou por meio de nota, em que afirma trabalhar para apoiar os hospitais na identificação de casos que possam ser encaminhados para leitos de menor complexidade.

A Secretaria afirma que a região tem tido uma grande demanda por partos de alto-risco, que demandam maior tempo de internação.

A nota afirma que o DRS qualifica os profissionais de saúde da região para acompanhamento de pré-natal das gestantes de baixo e alto risco.

 

Fotografia: Divulgação / Hospital Maternidade de Campinas


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Kevin Kamada

Kevin Kamada

Jornalista

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