Uma estrutura única no mundo. Este será o resultado da conclusão das obras de fase 2 do acelerador de partículas “Sirius”, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, com o futuro “Orion”, do novo Laboratório de Biossegurança Máxima de Categoria 4.
Os novos projetos foram anunciados em visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Campinas, na última quinta-feira, dia 4 de julho.
Os dois laboratórios, que integram o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, poderão ser empregados na análise do comportamento de vírus e bactérias, em um ambiente biologicamente muito seguro.
A estrutura vai permitir visualizar a interação entre moléculas químicas, e assim favorecer o desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos.
O diretor-adjunto de Tecnologia do CNPEM, James Citadini, destaca o papel da dupla Sirius-Orion em garantir mais soberania à pesquisa científica brasileira, o que pode ser fundamental em eventuais novas emergências sanitárias globais.
O diretor-geral do CNPEM, o físico José Roque, comemorou os investimentos anunciados, e destacou os desafios no financiamento da pesquisa de alta tecnologia no Brasil.
O Sirius e o futuro Orion fazem parte do Polo de Alta Tecnologia de Campinas, espaço conhecido como o “Vale do Silício brasileiro”, por abrigar empresas que desenvolvem ferramentas de ponta utilizadas em todo o mundo.
Uma delas é o CPQD, e o presidente da instituição, Sebastião Sahão Júnior, se disse otimista com a construção do novo super laboratório.
De acordo com o CNPEM, o edifício do laboratório Orion deverá ter aproximadamente metade do tamanho do Sirius. As novas instalações têm expectativa de entrega para 2026.
Fotografia: Kevin Kamada
Leia e ouça também:
Jornalista
Jornalista