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24 de maio de 2024

Conheça um pouco sobre a relação histórica de Campinas com o café

No seu auge, a cidade era responsável por cerca de 15% de toda a produção nacional do produto

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O Café tem para os brasileiros uma importância que atravessa gerações e que até hoje impacta direta e indiretamente milhões de pessoas.

Desde as primeiras mudas, trazidas da Europa, no século XIX, o sucesso cafeeiro prospectou nos solos do Brasil e foi responsável por um dos ciclos mais importantes da nossa economia.

Aqui na região, Campinas tem o seu lugar de destaque na produção cafeeira, que teve início em meados de 1797.

Com o solo fértil e uma vegetação densa de Mata Atlântica, o local não podia ser o mais apropriado para essa atividade.

Com a Abolição da escravatura, em 1888, a cidade recebeu imigrantes vindos principalmente da Itália, para dar continuidade na atividade econômica.

Em 1897, Campinas já tinha cerca de 25 mil pessoas que trabalhavam na produção de café em mais de 270 propriedades.

A cidade no seu auge da atividade cafeeira concentrava cerca de 15% da produção nacional da segunda bebida mais consumida no mundo, depois da água.

Estas se concentravam principalmente nas áreas rurais da cidade, a mais conhecida hoje em dia é a estrada que liga Campinas a Mogi Mirim.

Além de grande influência na economia, a produção do café também ajudou no desenvolvimento arquitetônico da metrópole.

Os casarões, locais onde os barões construíam suas fazendas, eram feitos de materiais exportados da Europa.

A estrutura deles seguia um padrão: A Casa Grande, moradia da família dos proprietários das fazendas, um terreno, chamado de lavrador de café, a tulha, onde se armazenavam os grãos, capelas e senzalas e a casa dos colonos.

Macro Vilas dentro das próprias fazendas também eram comuns na época. 

Com a riqueza do café, houve investimentos na construção do principal meio de transporte utilizado para a exportação do produto: as estradas de ferro.

Campinas coleciona uma série de nomes cuja importância se reflete na nomeação deles em ruas, avenidas e até distritos.

Entre os barões mais conhecidos até hoje estão Joaquim Antônio de Arruda, o Barão de Atibaia.

Além dele, nomes como Joaquim Policarpo Aranha, o Barão de Itapura, e Geraldo Ribeiro de Souza Rezende, o Barão Geraldo, também não são estranhos para os campineiros.

 

 

Fotografia: Júlio César Mistro/IAC


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Laura Saroa

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Estagiária

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