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5 de fevereiro de 2025

Especialista defende que, contra o burnout, empresas precisam aprimorar suporte ao trabalhador

Por mais conscientização, síndrome passou a fazer parte da Classificação Internacional de Doenças em janeiro

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Está em vigor no Brasil, desde janeiro, a nova definição da Síndrome de Burnout criada pela Organização Mundial da Saúde.

Agora, a condição atende pelo número 11 da Classificação Internacional de Doenças, e tem uma lista de sintomas previstos para identificar um caso de trabalhador esgotado física ou emocionalmente.

Giovanni César, especialista em Direito do Trabalho, avalia que a nova regra dá mais respaldo para que o trabalhador possa se recuperar do trauma que gera grandes impactos à saúde do trabalhador.

Em 2022, ano em que a Síndrome de Burnout foi reconhecida pela primeira vez como uma condição de saúde, uma pesquisa feita por uma empresa suíça de recursos humanos apontou que cerca de 3 em cada 10 pesquisados atribuíam o esgotamento mental ao trabalho remoto.

O especialista ouvido pela Rádio Brasil Campinas defende que as empresas invistam em monitoramento para garantir que a carga de trabalho dos colaboradores não seja extrapolada no home office.

Giovanni César acredita que os grupos corporativos precisam investir nas ferramentas e habilidades socioemocionais para proporcionar o bem-estar de seus colaboradores.

Segundo o Ministério da Previdência Social, o número de Auxílios Doença pagos pelo INSS, por incapacidade de trabalho gerada pela exaustão mental está em crescimento.

Em 2014, eram apenas 41 benefícios do tipo concedidos. Já em 2023, foram 421 diagnósticos pelo serviço de previdência. 

O número tende a aumentar, à medida que a conscientização sobre a estafa também se populariza entre trabalhadores e profissionais da saúde.

 

 

 

Fotografia: Arquivo / Marcelo Camargo/Agência Brasil


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Kevin Kamada

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Jornalista

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