A EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) decidiu abrir uma sindicância interna na última segunda-feira, 10, para apurar possíveis irregularidades para afrouxar a fiscalização de veículos, em três linhas do transporte coletivo de Campinas.
As supostas irregularidades foram mencionadas durante a terceira fase da Operação Sumidouro, realizada na sexta-feira passada, e que apura o uso de galerias subterrâneas de água para o armazenamento de drogas.
De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), os itinerários seriam utilizados por uma organização criminosa para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
Ainda segundo o Ministério Público, o esquema estaria sendo viabilizado por meio de laranjas.
Sobre este caso, nós conversamos com o presidente da Emdec, Vinícius Riverete, que afirma que a empresa pública está colaborando com o compartilhamento de informações.
O relatório da terceira fase da Operação Sumidouro aponta que veículos de matrículas associadas às linhas 249 (Jardim Flamboyant-Parque dos Eucaliptos), 341 (Jardim São Gabriel), 349 (Vila Formosa) e 368 (Jardim Itatiaia), estariam rodando de forma precária, inclusive com pneus carecas.
Vinícius Riverete afirma que não haverá prejuízo aos usuários destas linhas.
Nós entramos em contato com a cooperativa Altercamp para pedir um posicionamento, mas não obtivemos resposta.
No último sábado, a advogada da cooperativa, Daniela Giungi, enviou nota à EPTV, em que afirma que a Altercamp nega todas as acusações.
A nota afirma que “a Altercamp não tem qualquer responsabilidade sobre a vida pessoal de seus permissionários, e que o vínculo com eles é estritamente profissional”.
A cooperativa afirma estar colaborando com a cessão de informações e documentos para a investigação, e “nega que qualquer membro da Diretoria seja laranja ou atue na prática de lavagem de dinheiro do tráfico”.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Reprodução / Emdec
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