O número de empresas em situação de pré-falência no Brasil disparou na comparação entre maio deste ano e o mesmo período do ano passado.
A conclusão é do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian, divulgado no último dia 26 de junho.
Segundo o levantamento, foram 121 requisições feitas no mês passado, avanço de pouco mais de 60% na comparação com o mesmo período de 2022.
Os dados chamam a atenção para o cenário mais crítico entre as micro e pequenas empresas, que tiveram 73 pedidos.
Na segunda colocação aparecem as médias empresas, com 25 pedidos.
Outras 23 grandes empresas fecham o cálculo.
Segundo o levantamento, foram 68 requerimentos feitos neste ano contra 36 em maio do ano passado.
A sondagem também mostra que as firmas mais atingidas são aquelas que fazem parte do terceiro setor, ou seja, do grupo de Comércio, da Indústria e dos Serviços.
Segundo o economista-sênior da Serasa Experian, Luiz Rabi, os números atuais refletem uma tendência de endividamento crescente e contínua vista entre 2021 e 2022.
Apesar de programas específicos de socorro às dívidas terem sido implementados tanto pelo poder público como por alguns bancos, a escassez de crédito com o fim da fase mais crítica da pandemia também já afeta a situação das empresas.
É o que também nos explica o economista Luiz Rabi.
O economista chama a atenção para a necessidade de as empresas buscarem apoio especializado, evitando assim que as dívidas se acumulem.
O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é composto das estatísticas de falências decretadas e dos pedidos de recuperação declarados em fóruns, varas de falência, Diários Oficiais e nas Justiças estaduais.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil