Técnicos da Prefeitura apontam maior urgência das ações de conscientização

Na coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira, dia 14 de junho, para apresentar as primeiras ações em resposta ao surto de febre maculosa, os técnicos do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), ressaltaram que a situação não é de alarmismo.

Nas declarações feitas por servidores de diferentes especialidades, o grande número de infecções ocorrido na Fazenda Santa Margarida, no distrito de Joaquim Egídio em Campinas, representa um “caso atípico”.

Segundo a diretora do Devisa, Andrea Von Zuben, apenas 1% dos carrapatos-estrela, bastante comuns em áreas próximas a rios e matas, transportam a bactéria causadora da febre maculosa.

O médico-infectologista Rodrigo Angerami, também integrante da equipe consultiva do Devisa, explica que o atendimento precoce aos casos de febre maculosa é fundamental para as chances de recuperação da doença.

Nesta mesma coletiva, a equipe do Devisa ressaltou que Campinas é uma área considerada endêmica para a febre maculosa, devido ao seu grande número de áreas verdes.

Segundo a Secretaria de Saúde, as próximas ações a serem adotadas incluem o reforço da capacitação de profissionais para a identificação de sinais precoces da doença; além da criação de uma campanha de conscientização, para explicar quais são os canais de transmissão da febre maculosa e como se proteger dela.

Um dos cuidados destacados pelos profissionais de saúde é a autoinspeção depois de visitar uma área considerada de risco para a doença.

Caso um carrapato seja encontrado, os especialistas recomendam sua retirada com o uso de uma “pinça rotativa”, evitando que o inseto seja esmagado, e consiga injetar a eventual bactéria que esteja transportando.

Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Arquivo / Prefeitura de Campinas