O impasse da recuperação judicial que envolve o Hospital Maternidade de Campinas, e se arrastava há quase dois anos, ganhou desfecho na última terça-feira, 28.
A SCEI, Sociedade Campineira de Educação e Instrução, que é responsável por manter a PUC-Campinas e o Hospital PUC-Campinas, oficializou a incorporação dos ativos, dos passivos e da gestão da Maternidade.
A transferência de controle foi aprovada em assembleia do corpo diretivo da Maternidade na noite da última segunda-feira, e oficializada em coletiva de imprensa.
A nova gestão, liderada pela Igreja Católica em Campinas, promete trabalhar para equacionar as dívidas, que hoje estão na casa dos R$ 142 milhões.
O agora ex-presidente da Maternidade, Marcos Miele, comenta que a decisão foi bem recebida pela equipe do hospital.
O vice-presidente da Sociedade Campineira de Educação e Instrução, o Monsenhor José Eduardo Meschiatti, ressalta que a incorporação da Maternidade é um gesto que ressalta as crenças e valores cristãos.
Meschiatti destaca que a SCEI trabalha para viabilizar investimentos e a ampliação da Maternidade, tanto com recursos próprios como com governos e parlamentares.
Ainda segundo Meschiatti, os dois hospitais agora gerenciados pela PUC-Campinas, vão trabalhar em regime de complementaridade.
O corpo jurídico da SCEI ressalta que as instituições vão manter independência fiscal e jurídica uma da outra, embora sejam controlados por uma única mantenedora.
A marca Maternidade de Campinas deve ser mantida, mas estudos deve avaliar a inclusão da marca PUC-Campinas.
Com uma média de 750 partos e 1.900 internações por mês, 60% delas realizadas pelo Sistema Único de Saúde, o hospital fundado há 111 anos é a maior Maternidade do interior do Brasil.
Fotografia: Weverson Felipe/Maternidade de Campinas
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