Um levantamento divulgado em outubro de 2024 pelo Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), mapeou o avanço da Inteligência Artificial na medicina do Brasil.
Apesar de a média entre os hospitais e clínicas ser de apenas 4% na época, a pesquisa mostrou que 17% dos profissionais já usavam algum recurso de IA nos atendimentos.
Para entender como está o panorama da adoção das tecnologias de inteligência artificial na saúde, a nossa equipe conversou com Kleber Cursino, especialista em Medicina Materno Fetal e pesquisador do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), da Unicamp.
Cursino destaca que a nova tecnologia traz um grande avanço para a atualização e a qualificação constante dos profissionais da medicina.
Dentre os usos mais comuns da Inteligência Artificial na medicina estão a automatização de funções do fluxo de trabalho; e a chamada “mineração de texto”, um recurso comum para produzir resumos e obter informações.
O médico frisa preocupação com os dilemas éticos, potencializados a partir de questões carregadas da vida real.
Kleber Cursino afirma que a tecnologia jamais tomará o lugar do médico humano e ressalta a necessidade de uma regulação para a inteligência artificial, pautada no princípio da defesa da vida.
A pesquisa do Cetic mencionada no início da reportagem também mapeou que os médicos têm reforçado o apelo por mecanismos de segurança da informação.
Entre elas estão a adoção da criptografia nos arquivos e e-mails, além da proteção da base de dados.
A pesquisa ouviu 2.057 gestores e 2.021 profissionais de Saúde, de todas as regiões do país, entre fevereiro e agosto de 2024.
Ouça, abaixo, a entrevista completa com Kleber Cursino:
Fotografia: Reprodução / Antônio Scarpinetti/SEC-Unicamp
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