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Meteorologia: doze letras que dão nome a uma ciência muito importante no nosso dia a dia.
Sua forma mais popular é a previsão do tempo, mas ela vai bem além disso.
O estudo do comportamento da atmosfera, esse pedaço do planeta Terra em que habitamos, nos permite entender porque às vezes temos chuva em excesso. Ou, como mais temos falado, por que elas têm sido cada vez mais raras.
Mas uma das missões da meteorologia também é estudar de que forma podemos garantir o futuro das próximas gerações.
Realizado na sede da Embrapa Territorial, em Campinas, entre os dias 14 e 18 de outubro, o 23º Congresso Brasileiro de Meteorologia discutiu o papel da ciência frente aos eventos climáticos extremos.
Das enchentes no Rio Grande do Sul à estiagem que se espalhou da Amazônia ao eixo Rio-São Paulo.
Doutora em Agrometeorologia, a pesquisadora da Embrapa, Lucieta Martorano, enaltece o papel do meteorologista no cruzamento de informações valiosas para entender o comportamento do clima.
Lucieta chama a atenção para a necessidade de investimento na rede de monitoramento do comportamento do clima.
Um dos palestrantes do Congresso deste ano foi o professor de Meteorologia da Faculdade de Ciências da Unesp, em Bauru, o professor Luiz Felippe Gozzo.
O docente fez uma apresentação sobre os padrões do clima no estado de São Paulo. Apesar do início do período mais úmido, o professor confirmou a tendência de que o estado atravesse um novo ciclo de estiagem a partir do ano que vem.
O meteorologista ressalta que a seca em São Paulo é esperada, mas que os padrões sugerem que os períodos de estiagem podem se tornar cada vez mais extensos.
O 23º Congresso Brasileiro de Meteorologia recebeu cerca de 600 participantes, de 40 instituições de ensino superior, do Brasil e do exterior. Ao todo, 750 trabalhos foram inscritos.
Fotografia: Kevin Kamada
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