Nesta época do ano, a procura por diferentes modos de se refrescar aumentam e os locais mais escolhidos são geralmente praias, piscinas, cachoeiras e até mesmo um banho de banheira.
No entanto, esse tipo de atividade provoca o aumento significativo nos casos de afogamento entre crianças entre 0 e 4 anos de idade.
De acordo com a Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), esse tipo de acidente representa 45% das ocorrências no país, entre os meses de dezembro e março, justamente no período de férias escolares e do verão.
Além disso, alguns fatores, como a ausência de pais e responsáveis na supervisão de crianças nestes espaços, também influenciam em acidentes com afogamento. É o que explica a pediatra Fabíola La Torre.
Ainda segundo a Sobrasa, no Brasil, 75% dos afogamentos acontecem em águas doces, ou seja, em rios, represas e lagoas. E nas praias oceânicas, 15%.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, em 2023, 67 crianças entre 0 e 14 anos morreram por afogamento.
Apesar do número alto, ele ainda é menor em relação ao do ano passado, de 107, representando uma queda de cerca de 37%.
Fabíola de La Torre explica o que se deve fazer se caso alguma pessoa presencie um episódio de afogamento até a chegada de uma atendimento especializado.
Os afogamentos ocorrem por asfixia decorrente de aspiração de líquido, que dificulta as trocas gasosas. Assim, o oxigênio é impedido de chegar até o sangue.
Em casos mais graves, ainda com o salvamento, a criança por ter sequelas neurológicas e até mesmo apresentar morte cerebral.
Para evitar esse tipo de acidente, a pediatra faz recomendações importantes para pais e responsáveis na hora de colocar as crianças em contato com a água.
Se caso houver algum episódio de afogamento em residência, é importante chamar um serviço de emergência, como o SAMU, pelo telefone 192 ou o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193.
Fotografia: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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