Um estudo internacional, conduzido por pesquisadores brasileiros e alemães, revelou pistas que, no futuro, podem servir como base para o tratamento de doenças degenerativas em mamíferos.
A mais comum é conhecida popularmente como “Doença da Vaca Louca”, patologia que afeta o gado e que causa prejuízos à pecuária mundial.
A pesquisa utilizou técnicas biofísicas avançadas do laboratório Sírius, que faz parte do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisas em Energias e Materiais), em Campinas.
Uma das pesquisadoras responsáveis, Mariana Juliani do Amaral, explica que uma das descobertas foi a transformação da proteína Príon, presente nas células dos mamíferos, em contato com o cobre e o chamado estresse oxidativo.
O estudo mostrou ainda que a proteína príon, em seu formato sadio, é capaz de “sequestrar” o cobre em excesso presente na célula e transformá-lo em gotículas líquidas, que impedem que doenças degenerativas sejam desencadeadas.
Para Mariana do Amaral, estas demonstrações em laboratórios são fundamentais para que a ciência possa desenvolver medicamentos que tragam resultados eficazes para os mamíferos.
A utilização dos equipamentos do Sírius permitiu que as células fossem vistas em escala micrométrica, que trouxeram informações quantitativas das fases líquida e condensada da proteína príon.
A pesquisa teve, ao todo, quatro anos de duração e o artigo final, publicado em uma revista científica internacional, é assinado por nove pesquisadores.
Fotografia: Reprodução / CNPEM
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