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3 de dezembro de 2024

Pesquisa no Sirius pode aprimorar tratamentos contra o câncer

Sessões de radioterapia podem ser as principais beneficiadas por materiais criados no superlaboratório; entenda

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Sessões de radioterapia mais eficientes, com aplicação direcionada da radiação e que produzem menos efeitos colaterais para pacientes em tratamento contra o câncer.

Essa é apenas uma das conquistas que podem ser criadas a partir do trabalho de cientistas de Campinas.

O caminho para isso pode ficar mais curto com o novo acordo de cooperação entre o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas, e o CERN (Centro Europeu de Energia Nuclear), localizado em Genebra, na Suíça.

Uma das especialidades do polo de pesquisa na Europa é no estudo dos materiais chamados de supercondutores, ou seja: aqueles que conseguem transmitir uma grande quantidade de energia, quase sem resistência.

Tanto o CNPEM como o CERN, possuem máquinas conhecidas como “aceleradores de partículas”. São como grandes máquinas de raio-X, capazes de mostrar, nas menores partículas visíveis, a composição de qualquer material, sejam eles bactérias ou metais.

Criar, testar e ver como um material supercondutor se comporta pode ajudar, por exemplo, a criar ímãs para máquinas de radioterapia, com um foco de aplicação mais preciso.

O diretor-geral do CNPEM, José Roque, explica que o domínio de materiais quimicamente mais eficientes é uma vitória na luta por um planeta mais sustentável.

Com a nova parceria entre CNPEM e CERN, Roque vislumbra um novo espaço para que empresas e pesquisadores brasileiros explorem o potencial de pesquisa desses materiais com a Europa.

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressalta que a parceria renova a posição do Brasil na vanguarda da pesquisa científica mundial, demarcada há seis anos com o acelerador de partículas Sirius.

Inaugurado em novembro de 2018, o acelerador de partículas Sirius é parte integrante do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que há 37 anos integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais.

Dotado com a moderna 4ª geração desse tipo de luz, o Sirius é apenas um dos três laboratórios do mundo a contar com essa tecnologia, além da Suíça e, em breve, da China.

 

 

Fotografia: Reprodução / CNPEM


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Kevin Kamada

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Jornalista

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