Primeiro semestre de 2024. Esta é a previsão para o início das obras do plano antienchente de Campinas.
O anúncio foi feito pelo secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, em uma coletiva de imprensa, no Palácio dos Jequitibás, na tarde da última segunda-feira, 9.
Foi a primeira declaração oficial sobre a realização da obra, desde que as intenções começaram a ser anunciadas no ano passado.
Para concretizar o plano, a Prefeitura de Campinas anunciou a intenção de construir piscinões e novas galerias de águas pluviais, para dar vazão às águas que vertem para os córregos Serafim e o Ribeirão das Anhumas, que cortam as avenidas Princesa D’Oeste e Orosimbo Maia, ponto crítico de alagamentos nos temporais.
Os serviços devem ser realizados com o uso de “tatuzões”, as máquinas de escavação usadas para a perfuração de túneis de metrô.
A previsão é de que, a partir do início, os serviços levem de 18 a 24 meses para ficar prontos, o que coloca a estimativa de término para 2026.
Enquanto as obras não saem do papel, a Prefeitura de Campinas anunciou a instalação de câmeras inteligentes e painéis eletrônicos de aviso, que vão fazer a comunicação do risco de alagamento.
Os primeiros 40 totens informativos e 20 câmeras começam a ser implantados em novembro, em pontos críticos como as avenidas Princesa D’Oeste, Orosimbo Maia, Norte-Sul e Anchieta.
Coautor de um projeto de lei, apresentado na Câmara Municipal, para criar um plano municipal antienchente, o vereador Cecílio Santos (PT), afirma que o projeto ainda carece de detalhamento, principalmente para a população.
Cecílio Santos sugere que o plano da Prefeitura também destaque a importância da educação ambiental, como forma de evitar o problema do descarte irregular de lixo, que contribui com a reincidência das enchentes.
Embora o plano tenha sido anunciado, a Prefeitura de Campinas ainda lida com o desafio do financiamento.
Segundo o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), o pedido de financiamento da obra está em fase final junto ao Bndes, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Saadi afirmou que o plano de “macrodrenagem” passou por adaptação considerando os novos padrões meteorológicos de Campinas, especialmente sobre o seu padrão de chuvas.
Fotografia: Fernando Frazzão / Agência Brasil
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