A construção das barragens de Pedreira e Amparo deve sair do papel até o fim de 2026. A promessa é do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na visita feita a Campinas no último dia 21 de março.
Atualmente na casa dos 30%, as obras são vistas como as principais apostas para livrar a Região Metropolitana de um novo colapso no abastecimento d’água no curto prazo, como o visto no verão de 2014.
A urgência da obra é apontada por especialistas de diversos setores, como a Meteorologia e a Hidrologia.
Na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, levantamentos feitos pelo Consórcio PCJ já constataram a redução no volume de chuvas no primeiro trimestre de 2025.
Modelos também indicam que os padrões climáticos da região indicam estiagens de 11 em 11 anos, o que significa que a próxima falta generalizada de chuvas pode ocorrer em 2025.
Diretor da Faculdade de Geografia da PUC-Campinas, o professor Estéfano Gobbi explica que é necessário avaliar que o problema também vai afetar cidades de outras regiões.
O docente alerta que ter uma grande oferta de água não é garantia de perenidade no abastecimento para a população.
Gobbi afirma que a luta entre a expansão imobiliária e a produção de água dificilmente alcançará um equilíbrio.
O professor defende a implantação de um plano para o espraiamento das atividades econômicas, hoje muito concentradas nas regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas.
De olho na estiagem, especialistas também acompanham com preocupação a redução da superfície de água.
Segundo levantamento do Instituto MapBiomas, o país registrou, em 2023, o maior encolhimento registrado nos últimos 40 anos: foram mais de 571 mil hectares, área equivalente ao tamanho de todo o Distrito Federal.
Fotografia: Reprodução / Arquivo/Paulo Pinto/Agência Brasil
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