Anunciada pela Prefeitura em meados de agosto, a mudança da Câmara Municipal para o Palácio da Justiça é resultado de uma extensa negociação com o antigo ocupante do local: o Poder Judiciário.
O local que por muitos anos abrigou importantes estruturas como os cartórios eleitorais e as repartições públicas da Justiça, em breve deve voltar a ser a casa do Poder Legislativo, função que já exerceu até o ano de 1970.
O juiz-diretor do Fórum de Campinas, Luiz Antônio Alves Torrano, conversou sobre as mudanças com a Rádio Brasil Campinas.
Ele destaca que a ideia é antiga, mas que a preocupação com os desafios logísticos do processo eleitoral sempre foi um dos principais fatores que pesaram contra as mudanças.
O juiz-diretor do Fórum de Campinas afirma estar otimista com a colaboração que a mudança terá para a revitalização do centro.
Ainda assim, Luiz Antônio Torrano relembra o valor histórico do Palácio para a memória do Judiciário em Campinas.
Muitas das repartições da Justiça de São Paulo, que funcionavam no Palácio da Justiça, foram realocadas para os prédios localizados na Cidade Judiciária.
Outras, como é o caso dos cartórios da Justiça Eleitoral, operam em um prédio próximo ao Palácio na Rua General Osório.
Luiz Antônio Alves Torrano diz que a reorganização das estruturas também representa uma otimização de custos para o Poder Judiciário.
Além de servir como nova sede da Câmara Municipal, o Palácio da Justiça deverá abrigar uma sala dedicada ao Museu do Judiciário.
Com a devolução do prédio ao governo paulista, resta ao Estado reconhecer a solicitação já encaminhada pela Prefeitura, para que o local possa receber a estrutura do Poder Legislativo.
Fotografia: Rogério Capela / PMC
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