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30 de julho de 2024

RHs tentam entender o fenômeno do aumento de demissões em 2023

Insatisfação com os gestores, incorporação de valores e a busca por satisfação pessoal estão entre os fatores

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Um fenômeno silencioso desafia profissionais de recursos humanos de todo o país. Em 2023, mais de 7,3 milhões brasileiros pediram o desligamento de seus empregos.

O índice foi o mais alto registrado para o período desde 2003. Mas o que estaria por trás deste movimento, especialmente depois de uma crise de grandes proporções como a pandemia?

Dados de uma pesquisa feita por uma das principais agências de recursos humanos do país mostram que pelo menos 44% dos profissionais pediram demissão por não se sentirem felizes no trabalho.

Em outras palavras, a insatisfação com gestores, a busca por satisfação pessoal e o reforço da crença em valores pessoais; mas também se somam a falta de perspectiva de crescimento no emprego atual e a confiança no futuro da economia e do mercado de trabalho.

Para o gestor de carreiras Virgílio Marques, consultor de uma startup sediada na Unicamp, o cenário demonstra uma transformação em curso no mercado de trabalho, em que as novas gerações tentam incorporar seus valores nos ambientes em que se fazem presentes.

Ainda assim, a rotatividade de profissionais nas empresas é um movimento esperado. Virgílio Marques afirma que o principal desafio acaba sendo diminuir o número de casos em que a empresa tem condições de ofertar melhorias aos trabalhadores.

Para os trabalhadores enquadrados no regime CLT, os pedidos de demissão resultam na perda do direito ao aviso prévio indenizado e uma multa de 40% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Ainda assim, ficam garantidos o saque do FGTS e o pagamento de férias proporcionais acrescidas de ⅓. O décimo-terceiro salário também é pago de forma proporcional ao trabalhado pelo período do ano transcorrido.

 

 

Fotografia: Marcello Camargo / Agência Brasil


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Kevin Kamada

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Jornalista

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