Um encontro realizado no Teatro do Shopping Iguatemi, em Campinas, no último dia 14 de junho, discutiu os caminhos para contornar o problema da violência nas escolas, que assustou o Brasil no começo deste ano.
O evento, promovido pela Fundação Educar, analisou o aumento do número de casos de violência nas unidades de ensino e, com ele, o avanço da insegurança nestes locais, que deveriam servir apenas ao aprendizado.
Duas especialistas estiveram presentes. Uma delas foi a Doutora em Educação pela Unicamp, Telma Vinha, coordenadora do Grupo de Estudos “Ética, Diversidade e Democracia na escola pública”.
Em entrevista à Rádio Brasil, Telma destacou que a preocupação em dar respostas rápidas ao problema pode ser um desafio para encontrar soluções efetivas à questão.
Telma cita, como exemplo, as pesquisas que mostram que os grandes investimentos feitos em segurança nas escolas dos Estados Unidos, nem sempre repercute em maior proteção aos educadores e estudantes no país norte-americano. A tese é corroborada pela também palestrante no encontro, a psicóloga e mestre em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Juliana Hampshire.
Com larga experiência na pesquisa e na experiência do atendimento clínico em consultório particular e no SUS, ela aponta a necessidade de olhar para a dimensão social que leva ao problema da violência para dentro das escolas.
Juliana destaca que a mudança na forma como crianças e adolescentes construíram suas relações durante o isolamento social da pandemia do coronavírus, também afetaram a forma como eles voltaram ao convívio presencial nas escolas.
O seminário realizado pela Fundação Educar fez parte do projeto “Educação e Protagonismo”, que discute caminhos para que famílias e crianças estejam mais próximas por um convívio mais saudável e seguro.