Realizar uma ultrassonografia à distância, e permitir que a população das áreas mais remotas do país consigam ter acesso a especialistas.
Este é o objetivo de um projeto da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, que acaba de completar um ano.
Desenvolvido em parceria com a organização social SAS Brasil, o “Saúde Digital” tem mudado a dinâmica de ensino-aprendizagem dos novos médicos formados em Campinas, mas também de milhares de profissionais em todo o país.
Coordenadora da área de Saúde na SAS, Adriana Mallet destaca que o projeto permite que os estudantes tenham contato com as realidades das regiões menos assistidas economicamente.
Adriana observa que a democratização dos serviços de especialidades médicas também ajuda a acelerar diagnósticos, e aprimorar a gestão de vagas nos sistemas de Saúde.
Mesmo para quem ainda não concluiu a graduação, o projeto permite que novos médicos tenham acesso a novas realidades do uso da tecnologia no atendimento: a chamada telessaúde.
Um dos ganhos acontece, por exemplo, na redução do número de casos de “absenteísmo”, quando a pessoa deixa de comparecer à consulta por dificuldade de se deslocar. Em alguns locais, a taxa de abandono chega aos 50%.
É o que nos explica o professor do Departamento de Tocoginecologia, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Rodolfo Pacagnella.
Atualmente, o processo de aprendizagem acontece no laboratório de ensino e inovação intitulado “Living Lab”, no Instituto de Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Unicamp (IOU-Unicamp).
Além da Unicamp, o ambiente é mantido com recursos do Ministério da Saúde, da OPAS (Organização Panamericana de Saúde), de emendas parlamentares e das empresas que colaboram por meio de doações.
Fotografia: Reprodução / SAS Brasil
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