A construção do viaduto sobre a linha férrea, na Vila Real em Hortolândia, é motivo de grande dor de cabeça para quem vive e trabalha no bairro.
Apesar de ser uma demanda antiga, os impactos das obras para a zeladoria e a segurança pública são motivo de muita reclamação para moradores e comerciantes.
O pátio de obras, instalado no leito da Avenida São Francisco de Assis, restringe a circulação de veículos pela região e dificulta a circulação de pedestres.
E com o movimento menor, uma das queixas é de que o patrulhamento policial também diminuiu.
Uma das reclamações vem do Centro Cultural Casa de Joana, que também abriga a Casa Criativa. O local já sofreu com dois furtos de fiação nos últimos quatro meses, e uma terceira tentativa no último dia 2 de novembro só foi impedida graças a um novo sistema de alarme.
A produtora cultural Zig lamenta os ataques, que prejudicam o funcionamento de um local que conta com recursos escassos para funcionar.
A Cristiane também trabalha no centro cultural como recepcionista, entre o final da tarde e o começo da noite, e relata sentir medo no caminho que precisa fazer para ir para casa.
Já a estudante Caroline e a comerciante Valéria chamam a atenção para o grande número de alcoólatras e dependentes químicos que circulam pela região.
O comerciante José Alberto reclama do isolamento causado pelo pátio de obras, e que já impacta o movimento de sua loja e, principalmente, na segurança do entorno.
A Rádio Brasil Campinas procurou as autoridades para cobrar uma posição sobre as reclamações.
A Prefeitura de Hortolândia se manifestou por meio de nota, em que afirmou que a responsabilidade da Segurança Pública é do Governo do Estado, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil.
Apesar disso, o município afirma que a Guarda Municipal colabora com o sistema de segurança, na prevenção e no atendimento de ocorrências por meio do telefone 153; e que a região da Vila Real recebe patrulhamentos periódicos.
Sobre a população em situação de rua, a Administração informa oferecer quatro serviços especializados de acolhimento, conforme Resolução do Conselho Nacional de Assistência Social.
A Prefeitura orienta que caso sejam identificadas pessoas que necessitem de ajuda, os contatos sejam feitos pelo telefone (19) 2210-9144 ou pelo e-mail abordagemsocialesperancar@gmail.com.
Já a Secretaria Estadual de Segurança Pública declarou, também por meio de nota, que o policiamento segue intensificado nos locais de maior incidência criminal e denúncias da população.
A pasta destacou que a Polícia Civil atua em ferros-velhos e lojas de venda de produtos usados para coibir o esquema de comércio paralelo de fios de cobre e alimentação desses crimes, com a diminuição de indicadores de roubos e furtos em geral, e aumento das prisões e apreensões.
Fotografia: Kevin Kamada | Vídeo: Imagens cedidas/Casa de Joana
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