Dois meses depois da morte de Sara Gabrielly, de 18 anos, arrastada pela enchente do Córrego Piçarrão, moradores da Avenida Sylvio Moro, na Vila Industrial em Campinas, vivem diariamente o medo de que uma nova tragédia se repita no local.
Apesar da instalação de uma defensa metálica, de uma sirene para alertar sobre inundações e da limpeza de bocas de lobo, quem vive na região avalia que as medidas são insuficientes para conter novos transbordamentos do canal.
A auxiliar de enfermagem Maria Eduarda vive com a família em uma das casas próximas, e diz que as enchentes têm se tornado cada vez piores. Ela relata o medo com a aproximação do verão, e com ele, mais uma temporada de chuvas.
A Tatiana conta que a enchente de novembro que terminou na morte de Sara Gabrielly foi uma das mais graves. Depois do susto, a família está determinada a se mudar do local.
O mecânico Lucas mantém uma oficina a poucos metros do local da tragédia. Sensibilizado, ele conta já ter feito uma série de obras para barrar o avanço da água nas enchentes, mas mesmo assim amarga muitos prejuízos sempre que elas acontecem.
Nós levamos as reivindicações dos moradores à Prefeitura de Campinas. Em nota, a Secretaria de Infraestrutura informou que a obra de macrodrenagem da Avenida Sylvio Moro é a próxima demanda da pasta.
Nós pedimos um complemento de informação sobre os detalhes e a previsão de conclusão dos serviços, mas a pasta informou que não possui estas informações.
Fotografia: Kevin Kamada / Rádio Brasil Campinas
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