Muito antes daquelas máquinas de filmes com número contado de poses fazerem esse som de clique, e do efeito sonoro ser incorporado aos aplicativos de câmera nos celulares, está uma história repleta de curiosidade, tentativas e erros até que a primeira fotografia pudesse ser feita.

E você sabia que foi aqui, em Campinas, o palco da primeira foto do mundo?

Era o mês de janeiro de 1832, quando um francês bem brasileiro, Hércules Florence, que já tinha residência fixa na cidade, realizou as primeiras experiências com uma caixa escura, algumas lentes e uma substância especial.

Apesar de naquela época, o Brasil não dispor da tecnologia para reproduzir em escala aquele feito, especialistas de várias partes do mundo reconhecem que foi aqui o local da invenção que permitiu à humanidade registrar momentos.

A fotografia inspirou gerações de profissionais, como o austríaco Victor Fiegert, conhecido retratista de álbuns de família de Campinas na década de 1950, e que é tema de um livro lançado na última quarta-feira, 18.

A obra “A poética do retrato” é resultado de 10 anos do trabalho de catalogação e curadoria da pesquisadora cultural Dayz Peixoto Fonseca. Ela ressalta que o trabalho de Fiegert se notabiliza pela simplicidade.

Ao longo de 289 páginas, o leitor pode conhecer 155 fotografias, entre conjuntos familiares e retratos individuais.

Uma das marcas das fotografias de Fiegert são os usos da luz para produzir claridade e sombra durante os ensaios. Dayz Fonseca é quem explica.

Estas e outras curiosidades estão na obra “A poética do retrato”, publicada pela editora campineira Pontes.

Os exemplares podem ser adquiridos na sede da editora, na Rua Dr. Quirino, 1.223, no Centro de Campinas.

A entrevista completa com a pesquisadora Dayz Fonseca está disponível abaixo:

Fotografia: Reprodução / Pontes Editores

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