Reunidos em assembleias no final de junho, os integrantes do Comdema, Conselho Municipal de Meio Ambiente de Campinas, aprovaram um contralaudo sobre o plano da Prefeitura para realizar podas e extrações de árvores no Bosque dos Jequitibás.
O documento técnico foi elaborado em uma parceria entre o Comdema; a Comissão Especial de Estudos da Câmara de Campinas; e o Ministério Público do Estadual.
Com pouco mais de 170 páginas, a produção do dossiê contou com a supervisão de seis especialistas, entre engenheiros civis, agrícolas e agronômicos, além de profissionais da Biologia.
No foco das apurações, realizadas de forma voluntária pela equipe, esteve a supressão de 108 árvores e a poda de outras três plantas.
A presidente do Comdema, Maria Helena Rodriguez, conversou com a reportagem da Brasil, e comentou que o contralaudo questiona a superficialidade dos métodos usados no documento apresentado pela Prefeitura, para justificar a remoção das árvores.
Maria Helena Rodriguez destaca que a análise independente liderada pelo Comdema se pautou pelo uso de equipamentos específicos para analisar o interior das árvores.
Um caso paralelo ao acidente no Bosque dos Jequitibás foi o do tombamento do eucalipto na Lagoa do Taquaral.
Na última terça-feira, 4, o delegado de Polícia Civil responsável pelas investigações do caso concluiu, no inquérito policial, que apenas o excesso de chuvas seria responsável pela queda da planta.
Sobre este assunto, Maria Helena Rodriguez também comentou a questão.
Segundo Maria Helena Rodriguez, o contralaudo aprovado pelo Comdema agora deve ser entregue, pessoalmente, aos conselhos de patrimônio histórico Condephaat, do Governo de São Paulo; Condepacc, da Prefeitura; além das secretarias do Verde e dos Serviços Públicos, também da Prefeitura de Campinas.
O Condephaat é o único órgão que ainda não se manifestou sobre o pedido para remover as árvores no Bosque dos Jequitibás.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Arquivo / PMC
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