Estudo recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde, a OMS, revela que pelo menos 134 milhões de eventos adversos provocados pela falta de cuidados em Saúde poderiam ser evitados em hospitais de países de baixa e média renda.
De acordo com o Plano de Ação Global de Segurança do Paciente, essas ocorrências são responsáveis por provocar custos sociais que variam entre um trilhão e dois trilhões de dólares, todos os anos.
Apenas aqui no Brasil, os gastos do Sistema Único de Saúde no tratamento do câncer em 2022 superaram a marca dos R$ 3,8 bilhões no ano passado.
Na opinião de Mara Machado, chefe do Instituto Qualisa de Gestão, um investimento maior no setor de Atenção Primária aos pacientes poderia trazer grandes economias para o sistema de saúde.
Outro desafio enfrentado pelo setor de Saúde é a queda no investimento no sistema público.
Pesquisa divulgada em maio deste ano, pelo Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, aponta que os aportes na rede pública caíram 64% na comparação entre o orçamento da União de 2013 e o de 2023. O equivalente a uma perda de R$ 10 bilhões nesse período.
Mara Machado destaca que outro fator preocupante a ser observado é o encarecimento das tecnologias de tratamento em saúde.
Mara também aponta a necessidade de mudanças estruturais nas políticas públicas voltadas à Saúde.
Segundo o Instituto de Acreditação e Gestão em Saúde, o sistema brasileiro desperdiça cerca de 53% do custo assistencial, com problemas como a ineficiência do uso do leito hospitalar.
Fotografia: Tânia Rêgo / Agência Brasil
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