Os alertas de especialistas para o risco de uma nova crise hídrica no estado de São Paulo resgatam a discussão sobre a necessidade de preservar os chamados mananciais.
Esse é o nome dado a todas as regiões de nascentes, assim como dos rios e dos lagos com grande capacidade de produção de água.
Na macrorregião de Campinas, boa parte desse debate é coordenado pela Agência das Bacias PCJ, entidade responsável por coordenar a gestão dos recursos hídricos e a cobrança pelo uso da água nas bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Para 2025, a Agência volta a oferecer aos municípios alguns editais para estimular a proteção e o gerenciamento sustentável da água. O diretor-presidente da Agência das Bacias PCJ, Sergio Razera, conversou com o jornalismo da Rádio Brasil Campinas sobre o assunto.
Ele explica que a modalidade de editais permite uma fiscalização mais técnica sobre a aplicação do dinheiro público na conservação ambiental.
Sergio Razera enfatiza que os editais incluem ações integradas e em grandes áreas territoriais, o que permite que as medidas para conservar os mananciais sejam mais eficientes do que se fossem adotadas apenas de forma isolada.
O diretor da Agência reitera que a região do PCJ é a única no Brasil a possuir uma política de planejamento para a conservação de mananciais.
A depender do edital, as prefeituras e autarquias de abastecimento devem apresentar seus projetos em prazos que vão de fevereiro a junho de 2025.
Já a população pode e deve fiscalizar a atuação das empresas de água por meio dos mecanismos de transparência. Muitas destas informações podem ser acessadas pela internet, no endereço www.agencia.baciaspcj.org.br.
Fotografia: Acervo / Agência Bacias PCJ
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