Uma armadilha feita de materiais reciclados e biodegradáveis contra mosquitos. Essa é uma nova solução que chegou ao Brasil no mês de agosto.
As chamadas Biotraps foram desenvolvidas no Canadá, com base em estudos realizados em diversos laboratórios dos Estados Unidos, Austrália e aqui no país.
A escolha dos países levou em conta as epidemias de doenças cuja transmissão se dá pela proliferação de mosquitos.
Aqui no Brasil, os biotraps foram testados para combater o mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, chikungunya e zika vírus. A eficácia dos testes para ele ultrapassou os 90 %.
Cristiano Fernandes da Costa é especialista em Saúde Pública e esteve à frente dos estudos das Biotraps. Ele explica sobre a durabilidade das armadilhas e as principais recomendações a respeito do seu uso.
O funcionamento das Biotraps tem como base estudos de comportamento dos mosquitos em um ambiente urbano e consiste na simulação de um vaso de planta.
Nele, é inserida uma quantidade de água junto a um composto orgânico que se misturam e liberam alguns odores para atraírem as fêmeas ao recipiente.
Em seguida, ao entrarem em contato com as paredes da armadilha que contém inseticidas, esses mosquitos acabam morrendo.
Cristiano da Costa conta sobre a eficiência desse estudo e defende o uso desse novo mecanismo para o combate ao mosquito Aedes aegypti.
A epidemia de dengue no Brasil bateu recorde em 2024, com quase seis milhões de casos confirmados entre janeiro e julho e cerca de quatro mil óbitos.
Em Campinas, a doença também bateu recorde de casos e se tornou a maior epidemia da série histórica, com mais de 115 mil confirmações e 54 mortes.
Fotografia: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Leia e ouça também:
Estagiária
Estagiária