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10 de agosto de 2023

Aumenta o número de estudantes indígenas na Unicamp

Na edição de 2024, vão ser oferecidas ao menos 130 vagas exclusivas para os povos originários

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Ao menos 130 vagas exclusivas para indígenas brasileiros que estudaram em escolas públicas, vão ser oferecidas na edição 2024 do Vestibular Indígena da Unicamp.

O processo, que vai abrir suas inscrições em novembro, confirma tradição iniciada há cinco anos, com o primeiro processo seletivo, exclusivo para esse grupo, realizado no Brasil.

Cinco anos depois, os indígenas somam 420 estudantes ativos, de 40 povos diferentes, frequentando diariamente a Unicamp.

Para o presidente da União Populacional dos Povos Indígenas, Arlindo Baré, a criação de um caminho exclusivo para o ingresso de povos originários é importante para corrigir a marginalização histórica das comunidades nativas.

E a presença dos povos indígenas na universidade já influencia nos dados demográficos em Campinas.

Atualmente, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, eles são 1.569 residindo na metrópole; número 50% maior, na comparação com a pesquisa anterior, realizada há 12 anos.

Na avaliação de Arlindo Baré, o número certamente é ainda maior, em razão do temor que ainda existe da autodeclaração como indígena.

Integrante do povo indígena Kariri Xocó, Hana da Cruz, destaca que a presença dos povos originários dentro da universidade, também é a luta pela sobrevivência da sua cultura.

No último dia 9, lideranças indígenas locais e autoridades de Campinas assinaram a Carta “Aliança entre Nós”.

O documento promete ser considerado um primeiro passo na formulação de um Plano Municipal de Apoio ao Indígena em Contexto Urbano, com o objetivo de valorizar a importância social e econômica dos povos indígenas.

 

Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Kevin Kamada


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