Na abertura do mês em que se celebra o Dia da Consciência Negra, a Secretaria de Saúde de Campinas apresentou o primeiro boletim epidemiológico sobre a saúde da população negra da metrópole.
O levantamento inédito foi apresentado no primeiro seminário temático que debateu o assunto na cidade, e aconteceu no Salão Vermelho do Palácio dos Jequitibás na última quinta-feira, 26.
O documento é resultado de uma força-tarefa organizada pelo Devisa, o Departamento de Vigilância em Saúde, em parceria com o novo grupo de trabalho do Plano Municipal de Políticas de Promoção à Igualdade Racial.
A sondagem mostrou, por exemplo, que a maior parte da população negra de Campinas reside em áreas com maior vulnerabilidade social, como as regiões Noroeste, com 42,8% da população, seguida da Sudoeste e da Sul, com 38 e 37%, respectivamente.
A gestora de Informação e Monitoramento de Informação na Secretaria de Saúde de Campinas, Kamilla Belo, explica que a elaboração do primeiro boletim levou cerca de um ano, e contempla pelo menos cinco grandes eixos temáticos.
Já a coordenadora do Devisa, Andrea Von Zuben, comenta que os dados evidenciam o chamado racismo estrutural, e vão ajudar na produção de políticas públicas de combate à desigualdade social.
O boletim completo, com todas as informações apuradas, pode ser encontrado no site da Secretaria Municipal de Saúde na internet, pelo endereço saude.campinas.sp.gov.br.
Fotografia: Eduardo Lopes / PMC
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