A distribuição da vacina contra a dengue pode se tornar um cabo de guerra entre a Prefeitura de Campinas e o Governo Federal.
É o que aponta um ofício protocolado nesta quinta-feira, 25, pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), junto ao Ministério da Saúde.
A decisão foi tomada depois de a metrópole não ter sido incluída na lista dos primeiros 521 municípios, selecionados a receber a remessa inicial dos imunizantes, que chegou ao país no último dia 20.
No documento, o chefe do Poder Executivo de Campinas destaca que a cidade enfrenta um preocupante cenário epidemiológico e que, portanto, teria condições de ser contemplada com a nova vacina.
Em comunicado recente, o Ministério da Saúde pontuou que os principais critérios de seleção seriam os municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; com alta transmissão de dengue em 2023, e com predominância do sorotipo 2.
Dário Saadi enaltece a força-tarefa de Campinas no enfrentamento à doença.
Na primeira remessa, 750 mil doses foram enviadas pela empresa farmacêutica japonesa Takeda. Outras 600 mil doses são esperadas até o final de fevereiro, em um lote que foi cedido de forma inteiramente gratuita ao governo brasileiro.
Outras 5,2 milhões de doses serão enviadas em etapas até novembro, no limite da capacidade de produção da empresa asiática para este ano.
Segundo a certificação concedida pela Anvisa, o esquema completo de imunização contra a dengue prevê duas doses, com um intervalo mínimo de 90 dias entre as aplicações da vacina.
De acordo com o Ministério da Saúde, outras nove milhões já foram contratadas para 2025.
Inicialmente, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde, a imunização deve ter como público-alvo as crianças de 6 a 16 anos.
Fotografia: Rogério Vidmantas / Prefeitura de Dourados
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