Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) mostram que, em 2022, o Brasil perdeu ao menos sete bilhões de metros cúbicos de água tratada, o equivalente a mais de 7.000 piscinas olímpicas.
O cenário contrasta com a meta assumida pelo Governo Federal, de reduzir as perdas médias de 37,8% registradas em 2021, para 25% até 2034.
No entanto, o compromisso de uma política unificada, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, esbarra na dificuldade de implantar ações mais efetivas nas cidades.
A presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, alerta que o desafio do combate aos vazamentos envolve uma série de medidas que precisam ser adotadas pelas autarquias responsáveis por fornecer o abastecimento de água.
Luana explica que, muitas vezes, o rompimento de redes é causado pela variação de pressão. Para isso, o investimento em tecnologia pode ser fundamental.
Em Campinas, a Sanasa, responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto, anunciou em setembro o início da operação de uma rede de sensores para detecção de perdas.
Baseada em Inteligência Artificial, a tecnologia começa a ser adotada em regiões atendidas pelo programa de trocas de redes, como explica o presidente da autarquia, Manuelito Magalhães Júnior.
Em nível mundial, o Brasil ocupa a colocação 78 de 135 em um ranking de índices de perda de água potável na distribuição.
Se atingida a meta prevista de 25% de perdas médias até o ano de 2034, o montante de água economizada por ano pode ser suficiente para atender 21 milhões de brasileiros. Hoje, 32 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável no país.
Fotografia: Divulgação / Sabesp
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