Depois de um começo de ano chuvoso, e do início da estiagem em abril, os mananciais da região de Campinas vivem uma situação relativamente tranquila.
A conclusão é do grupo conhecido como Comitês PCJ, responsável pela gestão e monitoramento dos recursos nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Apesar de não estar geograficamente em nossa região, o Sistema Cantareira polariza as atenções.
Atualmente, o reservatório opera com cerca de 82% de sua capacidade no chamado “volume útil”, cerca do dobro do que o registrado há um ano, quando o nível era de aproximadamente 40%.
O patamar também é o mais alto já registrado desde a crise hídrica de 2014.
Para o membro da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês PCJ, Alexandre Villela, o panorama é resultado das mudanças nas regras de uso da água dos mananciais paulistas.
Villela reconhece que o cenário inspira tranquilidade, mas que a vigilância e o uso consciente da água precisam se tornar permanentes para evitar o desperdício.
Questionado sobre a posição dos Comitês PCJ, em relação à construção das barragens de Pedreira e Amparo, questionadas por moradores e ambientalistas em torno de sua segurança, Alexandre Villela defende a construção das estruturas.
Recentemente, os Comitês PCJ aprovaram a liberação de cerca de R$ 10 milhões para nove cidades da região de Campinas investirem em obras de gestão de recursos hídricos.
Em Campinas, a Sanasa vai ter direito a utilizar R$ 2 milhões, que devem ser utilizados para a troca de redes de cimento amianto e ligações de água no Jardim Santa Cruz, na região Sul da cidade.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Reprodução / Comitês PCJ
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