As negociações pela aprovação da proposta de ajuste fiscal seguem intensas no Congresso.
Nos poucos dias que faltam para o recesso parlamentar, deputados federais e senadores têm intensificado a agenda com o Ministério da Fazenda, para fazer contrapontos e sugerir melhorias ao projeto, que vai precisar do apoio majoritário do Poder Legislativo para começar a valer.
Um dos tópicos mais questionados é o da origem dos recursos para ampliar a isenção do Imposto de Renda. Segundo a proposta do governo, o objetivo é garantir que o mecanismo atenda todos os brasileiros que estão na faixa salarial até R$ 5 mil.
Na opinião do economista do Insper, Lucas Borges, o governo acerta ao adotar mecanismos para que a Saúde e a Educação sejam beneficiados com o ajuste fiscal, mas peca ao detalhar de onde virá o dinheiro para que os repasses para outras áreas não sejam prejudicados.
Borges avalia que as preocupações fiscais não representam um alarmismo, e que o governo precisa sinalizar como pretende reorganizar os recursos.
Outros pontos da proposta incluem um freio para o pagamento de emendas parlamentares; uma ampla revisão de benefícios sociais; o combate aos supersalários e novas regras para a previdência militar. Medidas que prometem economizar R$ 70 bi em dois anos, e R$ 320 bi até o ano de 2030.
Fotografia: Reprodução / José Cruz/Agência Brasil
Leia e ouça também:
Jornalista
Jornalista