Lideranças da radiodifusão paulista se reuniram em Campinas na última segunda-feira, 11, para o última edição do ano, do Encontro Regional da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo).
Este foi o sexto evento realizado em 2023, e teve recorde de inscrições, com cerca de cem participantes.
Durante três horas, eles debateram questões estratégicas para as empresas de rádio e de televisão.
Um dos pontos mais falados foi o da “assimetria regulatória” entre as empresas de radiodifusão e as corporações da chamada “big tech”, que envolve as proprietárias de redes sociais.
Os radiodifusores questionam o excesso de regras que existem atualmente para as emissoras, em contraste com a falta de controle do que é produzido nas mídias sociais.
Para o movimento da radiodifusão, isso representa perda de competitividade comercial e prejuízo ao faturamento de empresas.
Outro ponto bastante debatido foi o dos desafios da chamada “frequência estendida” para emissoras de rádio, que migraram das ondas médias (AM), para o FM.
Hoje, cerca de 300 emissoras em todo o país aguardam pela ratificação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para fazer a migração, e a faixa tradicional entre os 88,0 MHz e os 108,0 MHz se apresenta como o espectro mais desejado pelos radiodifusores, devido à capacidade que a maioria dos rádios digitais e analógicos já têm de sintonizar essas frequências.
Para Daniel Stark, jornalista e editor do site especializado “Tudo Rádio”, o evento demonstra a força do meio rádio e a vitalidade para enfrentar os desafios do momento.
O presidente da AESP, Luiz Arthur Abi Chedid, disse estar otimista com o balanço das atividades realizadas em 2023, e exaltou a integração promovida pelo encontro.
Já o vice-presidente da AESP, Daniel Abravanel, destacou a integração de experiências entre profissionais de várias partes do estado.
Para o diretor-executivo da Rádio Brasil Campinas, Felipe Zangari, a troca de experiências fortalece o movimento de integração do meio rádio diante do debate sobre o contraste regulatório entre a radiodifusão e a “big tech”.
Ainda neste evento, estiveram presentes a secretária de Desenvolvimento Econômico de Campinas e presidente da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), Adriana Flosi, e o superintendente do Ministério da Agricultura para o estado de São Paulo, o ex-deputado federal, Guilherme Campos.
Fotografia: Kevin Kamada
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