Embora oficialmente a estiagem tenha sido interrompida pelas chuvas do último final de semana, o sinal de alerta para as condições dos mananciais continua aceso na região de Campinas.
O aviso é do Consórcio PCJ, o grupo que reúne especialistas em recursos hídricos, dos 56 municípios que compõem as Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Desde março, gestores públicos e representantes do Consórcio executam um plano de ações para contornar um possível colapso de abastecimento, em razão dos baixos índices pluviométricos esperados para o começo do ano.
Uma das medidas mais radicais foi adotada por Vinhedo, que desde o último dia 23 impôs um programa de rodízio no abastecimento de água, e uma multa por desperdício.
Para o secretário-executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahoz, a medida é bem-vinda. Ele chama a atenção para o cenário grave do ponto de vista hidrológico.
Lahoz também afirma que autarquias e concessionárias estão sendo alertadas sobre a importância de construir e manter funcionais os tanques de reservação de água.
Entre os municípios da RMC, a questão é acompanhada com cautela.
Em Valinhos, o presidente do DAEV, o Departamento de Águas e Esgotos, Cláudio Alonso, ressalta a aposta no trabalho de construção de reservatórios.
Alonso afirma que não há motivo para pânico, mas relembra a importância do uso consciente da água.
Oficialmente, o período de estiagem na Região Metropolitana de Campinas se estende de abril a setembro.
Fotografia: Reprodução / Comitês PCJ
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