Na semana em que, definitivamente, os sinais das mudanças climáticas se apresentaram à região de Campinas, um evento na Ilum, a escola de Graduação ligada ao CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) reuniu alguns dos principais especialistas brasileiros da comunicação e da pesquisa em Ciência do Clima.

Em pauta, uma pergunta em comum: como informar e conscientizar a sociedade sobre os efeitos dessas mudanças climáticas de uma maneira simples?

As respostas vieram pelos conhecimentos de jornalistas e pesquisadores de várias partes do país, que conduziram cerca de cinco apresentações.

Ivia Minelli, que é professora do Bacharelado em Ciência e Tecnologia da Ilum, destaca que o evento aproximou os estudantes da Escola de Ciência dos grandes cientistas que os inspiram.

E os estudantes tiveram um peso importante nas discussões. Além de acompanharem as apresentações, alguns deles também tiveram a oportunidade de apresentar painéis de suas pesquisas orientadas.

Foi o caso da Geovana Bettero, que está no 2º ano da Ilum. Ela apresentou uma pesquisa sobre o uso de fontes de biomassa para substituir o uso de materiais de origem fóssil na produção de sensores e espumas.

Geovana destaca que, para que as pessoas realmente se envolvam no combate às mudanças climáticas, é preciso que elas se sintam parte do problema.

Já o Gabriel Torquato, também estudante do 2º ano da Ilum. Ele conta que se mudou de Manaus para estudar na escola em Campinas. Para ele, o principal desafio para comunicar as mudanças climáticas está na desigualdade social, e como ela aprofunda os abismos de acesso à informação.

Uma das participantes foi Raquel Trajber, coordenadora-geral de Educação Ambiental no MEC, e que representou o projeto “Cemaden Educação”. Para ela, a resposta do desafio da comunicação sobre as mudanças climáticas passa pela incorporação de uma linguagem mais semelhante com a da população.

A primeira turma de estudantes do Bacharelado em Ciência e Tecnologia da Ilum deve se formar em 2024. 

A escola recebe o financiamento do Ministério da Educação, e como parte integrante do CNPEM, tem a supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fotografia: Kevin Kamada

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