Ao vivo

notícias

26 de agosto de 2024

Lula inaugura fábrica de medicamentos em Hortolândia

Novas tecnologias prometem causar menos efeitos colaterais para pacientes com diabetes e obesidade

ouça a notícia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou celeridade, por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para a aprovação de novos medicamentos no Brasil.

A declaração foi dada durante a entrega da nova planta de produção de uma indústria farmacêutica em Hortolândia, na última sexta-feira, 23.

O presidente questionou a falta de sensibilidade dos diretores da agência reguladora. A declaração do presidente Lula foi rebatida pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. 

Em uma rede social, o chefe da agência afirmou que a fala de Lula agride e enfraquece o papel da Anvisa no cenário internacional. 

Barra Torres alegou que a lentidão na avaliação de pedidos de registros é causada pela falta de funcionários, e que o problema já foi repassado a outros setores do Governo Federal anteriormente.

As instalações inauguradas pelo presidente na sexta-feira passada deram o ponta-pé no primeiro polo brasileiro de fabricação de medicamentos para diabetes e obesidade.

O local será especializado em um tipo de molécula química chamada de Polipetídeo Sintético, uma das tecnologias mais modernas para a produção de medicamentos.

Uma das suas vantagens é a de causar menos efeitos colaterais para os pacientes. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que a nova fábrica amplia a independência do Brasil em relação às indústrias de outros países.

A fábrica de polipeptídeos sintéticos de Hortolândia recebeu investimentos de R$ 70 milhões, por meio do Programa de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo do Ministério da Saúde. Parte dos recursos foi alocada a partir do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia.

O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, diz que é papel do Estado estimular o risco de investimento na ciência e movimentar o setor. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que investimentos como o realizado em Hortolândia, dão previsibilidade para o avanço da indústria farmacêutica no Brasil.

A fábrica de Hortolândia se insere em um movimento que já contemplou outras 10 indústrias de medicamentos no Brasil, dentro do que o governo classifica como reativação de um Complexo Econômico-Industrial em Saúde.

 

 

Fotografia: Kevin Kamada


Leia e ouça também:

Kevin Kamada

Kevin Kamada

Jornalista

Kevin Kamada

Kevin Kamada

Jornalista

Compartilhe essa matéria