Moradores do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, se articulam para participar, no final deste mês, de mais uma rodada de discussões sobre o PIDS, o Polo de Inovação e Desenvolvimento Sustentável.
No centro da discussão, está a minuta do Projeto de Lei Complementar que reorganiza as regras de uso e ocupação do solo na região.
Em discussão que se arrasta desde 2018, a Prefeitura e os moradores do distrito, tentam chegar a um consenso sobre a reorganização das regras da expansão urbana, que deve afetar as áreas verdes que existem na região.
Recentemente, com a orientação do Ministério Público estadual, o movimento de moradores apresentou uma contraproposta ao plano da Prefeitura, que propôs uma metodologia de “participação social”.
A advogada e militante urbano-ambiental de Campinas, Ernestina Gomes, conversou com a reportagem da Rádio Brasil Campinas.
Ela opina que o avanço dos interesses da especulação imobiliária prejudica o debate, e põe em risco a preservação de áreas verdes fundamentais para a cidade.
A militante defende que é necessário criar uma zona de proteção inclusive mais ampla que a APA, a Área de Proteção Ambiental de Campinas, existente desde 2001.
A Prefeitura de Campinas contesta os questionamentos do movimento de moradores de Barão Geraldo.
À Rádio Brasil, o secretário municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini negou que o PIDS vá alterar as regras de zoneamento urbano de Campinas.
Coluccini defende o projeto, e afirma que o projeto deve, inclusive, limitar a construção de eventuais novos edifícios no distrito.
A nova rodada da Audiência Pública para discutir o projeto do Polo de Inovação e Desenvolvimento de Barão Geraldo está prevista para o dia 26 de agosto.
A reunião vai acontecer no Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Antônio Perri / SEC-Unicamp
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