Dados de 2024 da plataforma Renaest (Registro Nacional de Sinistros e Estatísticas de Trânsito), do Ministério do Transportes, apontam ao menos 976 mil acidentes nas vias brasileiras ao longo do ano.
A principal preocupação é com a taxa de óbitos, que chega à marca de 1,56% dos acidentes contabilizados no ano passado.
Ainda que não haja uma estatística oficial sobre esse dado, o uso do telefone celular figura entre os principais fatores que influenciam acidentes de trânsito.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de smartphones potencializa o perigo de acidentes em até 400%, superando até mesmo o risco incorporado pela ingestão de bebidas alcoólicas.
Alysson Coimbra, diretor científico da Anmetra (Associação Mineira de Medicina do Tráfego), diz que a transformação dos hábitos de organização da rotina nos últimos anos, é o principal desafio para o uso inadvertido do telefone celular ao volante.
O especialista afirma que é urgente relembrar orientações básicas sobre a segurança no trânsito, que perderam espaço na mentalidade dos motoristas a partir das novas tecnologias.
Coimbra também faz uma crítica à cultura de desmistificação sobre os riscos no trânsito, e destaca a importância de uma comunicação mais assertiva das entidades responsáveis pelo perigo ao volante.
Ainda de acordo com o levantamento da plataforma Renaest, do Ministério dos Transportes, os acidentes de trânsito envolveram pelo menos 1,2 milhão de pessoas, a bordo de quase 1,5 milhão de veículos. Os números não contabilizam os incidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal.
Fotografia: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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