Neste dia 8 de março, reservado para a celebração do Dia Internacional da Mulher, uma figura que ganha destaque é da primeira-dama Rosângela da Silva, a “Janja”.

Casada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o dia 18 de maio de 2022, a socióloga de formação e ex-trabalhadora de Itaipu Binacional começou a enfrentar resistências desde que anunciou a sua intenção de redesenhar o papel da primeira-dama.

Neste trajeto, colheu algumas polêmicas. Políticos que são aliados de Lula reclamaram por diversas vezes do excesso de influência da primeira-dama em assuntos do governo. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Janja teria influenciado em temas importantes da gestão desde que se instalou em um gabinete ao lado da sala presidencial.

Janja, segundo reportagens, teria barrado propostas na área da comunicação social e imposto medidas nas áreas econômica, social e política, além de dar palpites na relação do presidente com militares e afastá-lo de deputados e senadores. Se nos primeiros dois mandatos, Lula reservava os almoços e jantares para viabilizar articulações políticas, dessa vez as refeições são feitas somente com Janja, o que desagrada os caciques de Brasília.

Com a queda de popularidade do presidente, Janja também colheu as consequências. A pesquisa MDA, financiada pela Confederação Nacional dos Transportes apurou o que população pensa sobre a suposta influência de Janja no Governo Federal. Para 14,5% dos entrevistados, Janja mais ajuda do que atrapalha o Governo Federal. Outros 40,1% estão neutros e acham que ela nem ajuda e nem atrapalha. Mas para 38% dos entrevistados, a presença de Janja atrapalha o andamento do governo federal.

Para a vereadora de Campinas, Guida Calixto (PT), o resultado reflete as dificuldade das mulheres ocuparem os espaços de poder.

Na visão da cientista política Rosemary Segurado, as criticas dirigidas a Janja tem um viés preconceituoso.

O governo Federal não ajuda na inserção de Janja no cenário nacional, pois o próprio Lula tem apenas nove mulheres ocupando a chefia de 9 dos 39 ministérios.

Fotografia: Reprodução / Cláudio Kbene/Presidência da República

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