A extração de árvores no Bosque dos Jequitibás, iniciada na última quinta-feira, 20, não pôde ser acompanhada pelas comissões de apoio que vinham monitorando o processo nos últimos meses.
O procedimento aguardava a autorização do Condephaat, o Conselho do Patrimônio Histórico do Estado, já que o Bosque é historicamente tombado.
O parecer favorável à extração foi emitido no final de junho.
Técnicos da Comissão de Estudos Especiais em Arborização Urbana, da Câmara Municipal; e do Comdema, o Conselho Municipal de Meio Ambiente; não foram autorizados a acompanhar o processo de extração das 75 plantas que têm risco de queda.
A decisão gerou polêmica entre os ambientalistas, mesmo depois do aceno feito pela Prefeitura às comissões temáticas, que acatou o contralaudo que diminuiu o número de árvores a serem removidas.
Apenas dois vereadores, o presidente da Comissão Especial de Estudos da Câmara, o vereador Paulo Gaspar (Novo); e o vereador Paulo Búfalo (PSOL); puderam entrar no local.
O vereador Paulo Gaspar afirma que a decisão não surpreende, já que segue um rito previsto em lei. No entanto, ele lamenta que os profissionais da área técnica não possam estar presentes no processo.
O parlamentar se queixa da falta de interlocução entre a Prefeitura e as comissões temáticas de arborização urbana.
Nós procuramos a Prefeitura de Campinas para buscar um posicionamento sobre os questionamentos dos vereadores.
A Secretaria Municipal de Serviços Públicos esclarece que autorizou, na última segunda-feira, 24, a entrada dos técnicos da Comissão de Arborização da Câmara Municipal, depois de reavaliação e de passada a primeira fase dos serviços.
Segundo a Administração, os visitantes podem acompanhar o trabalho de manejo, com a orientação dos técnicos do Departamento de Parques e Jardins.
Reportagem: Kevin Kamada | Fotografia: Arquivo PMC
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