Na sessão realizada na Câmara Municipal na última segunda-feira, dia 10 de fevereiro, o vereador Wagner Romão (PT) fez uma cobrança pública ao prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos).
O motivo é uma suposta demora na adesão a um financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no valor de R$ 1 bilhão.
O valor seria destinado a bancar a compra de mais de 500 ônibus, sendo que metade seriam elétricos. A manutenção, de acordo com o parlamentar é bem mais barata do que um veículo a diesel. O gasto de um ônibus elétrico, segundo Romão, é de R$ 0,70 por quilômetro rodado enquanto do diesel é de R$ 2,72.
Para Romão, Campinas está atrasada em relação a outras cidades neste modelo de financiamento.
Vereador de primeiro mandato, Romão analisa os motivos para o atraso da adesão de Campinas ao projeto. Na sua visão, a “perda de lucratividade do empresariado gera uma pressão que a prefeitura não consegue administrar”.
Se viabilizar a adesão ao projeto do BNDES, Romão afirma que muitos dividendos podem ser colhidos em médio e longo prazo.
Na tarde de terça-feira, 11, a Prefeitura de Campinas emitiu uma nota sobre o tema. No texto, o Poder Executivo afirma que o município foi comunicado de que a União deverá anunciar, nos próximos dias, a ampliação do prazo de adesão. Isso permitiria que as cidades tenham mais tempo para analisar e formalizar sua participação.
De acordo com a texto, a Prefeitura estuda as condições e requisitos do programa para verificar sua viabilidade. A cautela é adotada porque o poder executivo tem o objetivo de modernizar o transporte público e promover a sustentabilidade ambiental.
A Prefeitura de Campinas informou que qualquer decisão será tomada com responsabilidade e vai considerar os impactos econômicos e operacionais para o município e a população que utiliza o transporte público.
Fotografia: Reprodução / EMDEC
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