Uma intervenção feita pela Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas junto a servidores públicos do Centro POP Sares II – uma das unidades especializadas no acolhimento à população em situação de rua – resultou em uma acusação de assédio moral e político contra a administração municipal.
A queixa é da ex-coordenadora da unidade, Rosemary Gimenes. O caso aconteceu durante uma reunião com gestores de Centros POP, com o comando da secretária-adjunta da pasta, Clébia Oliveira.
Por discordar da orientação, Rosemary decidiu entregar o cargo de coordenadora do Centro POP Sares II. A servidora afirma ter sido a primeira vez que uma abordagem desse tipo foi realizada.
Rosemary também afirma ter protocolado Ministério Público para pedir orientações sobre como proceder nesse caso.
O caso gerou repercussão na Câmara Municipal. Na reunião ordinária de segunda-feira, 13, o tema foi pautado pelo vereador Paulo Gaspar (Novo).
Nós entramos em contato com a Prefeitura de Campinas para pedir uma posição sobre o caso.
Em nota enviada à reportagem da Rádio Brasil, a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social afirma que a reunião com gestores teve como objetivo discutir o fluxo de atendimento e a melhoria dos serviços à população em situação de rua.
A pasta declara que a orientação dada aos servidores foi clara e específica, ao determinar que os servidores não devem utilizar suas redes sociais para campanha eleitoral durante o expediente.
A Secretaria Municipal afirma que, fora do horário de trabalho, os servidores são livres para se manifestar e expressar suas preferências políticas, conforme preveem seus direitos constitucionais.
A nota se encerra ressaltando que o intuito da orientação foi a preservação dos servidores para que não infrinjam a legislação eleitoral vigente, que proíbe servidores públicos de atuarem nesse tipo de iniciativa durante o horário de expediente.
Fotografia: Reprodução / Prefeitura de Campinas
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