A semana terminou com a Câmara Municipal sob suspeita. O Ministério Público Estadual (MP-SP) instaurou um Inquérito Civil para apurar a suspeita de superfaturamento e direcionamento do dinheiro público de emendas parlamentares destinadas à área da Cultura.
De acordo com o Ministério Público, o procedimento é para investigar a conduta de 32 dos 33 vereadores de Campinas. A Prefeitura de Campinas e a Câmara Municipal, como instituição não são alvos do inquérito.
Pelo regulamento da emenda impositiva, R$ 91,9 milhões foram reservados no total aos parlamentares. Segundo o Ministério Público, a destinação de emendas à cultura subiu de R$ 8 milhões em 2023 para R$ 14,4 milhões em 2024. Além disso, está sendo investigado a contratação repetida de artistas e o pagamento de cachê, que em alguns casos passa de R$ 100 mil, o que poderia indicar um superfaturamento.
Para o vice-prefeito Wanderley de Almeida (PSB), o Wandão, o caso deve ser investigado, mas tratado com cautela pela opinião pública e o mundo político.
Segundo o vice-prefeito, não se pode perder de vista que as emendas impositivas estão em seu começo e implementação e os critérios de avaliação precisam levar em conta esta conjuntura.
Para Wandão, a destinação de verba para cultura é algo normal, diante do fato de que sua projeção na sociedade acontece de maneira muito acelerada.
Nas eleições municipais marcadas para o outubro deste ano, apenas o vereador Jorge Schneider (PL) não será candidato à reeleição.
Fotografia: Reprodução / Prefeitura de Campinas
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